Os anticorpos monoclonais representam uma importante classe de medicamentos no tratamento oncológico, sendo considerados muitas vezes como fundamentais no tratamento de diferentes neoplasias. Especificamente no caso do câncer de mama HER-2 positivo, o uso da combinação de trastuzumabe e pertuzumabe representou uma mudança no paradigma desta doença, tanto em cenários mais precoces, com a doença inicial localizada, bem como no caso da doença metastática. Como forma de otimizar o tratamento com estas medicações, cujos benefícios são inquestionáveis, o desenvolvimento de formulações de administração subcutânea tem sido explorado em estudos clínicos.
Em um dos primeiros estudos a demonstrar a viabilidade desta estratégia, a formulação subcutânea de trastuzumabe foi avaliada no estudo HannaH, que demonstrou a não-inferioridade em avaliações de farmacocinética e eficácia quando comparado à administração da formulação intravenosa, levando assim à aprovação da droga pelas agências regulatórias.1
Ampliando ainda mais estas opções, a combinação de trastuzumabe e pertuzumabe também foi recentemente desenvolvida em formulação subcutânea combinada a hialuronidase humana recombinante no fármaco PHESGO®. As avaliações de farmacocinética, eficácia, segurança e preferência das pacientes do tratamento com PHESGO® foram conduzidas nos estudos FeDeriCa e PHranceSCa, confirmando todos os benefícios associados a esta formulação,2 e 3 que já possui aprovação pelo FDA (Food and Drug Administration) desde julho de 2020 e recentemente pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), anunciada em 13 de dezembro de 2021.
FONTE : publicado em : VOLUME 12 ● NÚMERO 17 – Manual de Oncologia Clínica do Brasil (mocbrasil.com), em 16 de dezembro de 2021